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Introdução

A Internet sofreu mudanças depois do estouro da bolha pontocom em 2000. Saíram os sites
estáticos, entraram mais interação e dinamismo; caíram as barreiras dos padrões e cresceu a
personalização. Internautas passaram de usuários passivos a agentes ativos em relação ao
conteúdo que circula pela rede. A troca de dados é a maior marca dessa nova geração: a Web 2.0.

O criador do termo, Tim O’Reilly, escreveu que “Web 2.0 é a revolução nos negócios da
indústria da informática causada pela mudança para a internet como plataforma, e uma tentativa
de entender as regras de sucesso dessa nova plataforma”.

[...]Mas há muita polêmica em torno desse termo. Para alguns, ele significa uma nova era digital;
para outros, não passa de uma jogada de marketing. Há também o grupo daqueles que não têm a
menor idéia do que se trata. Já se fala, inclusive, em Web 3.0.

[...]Os internautas – muitos dos quais nem sequer sabem direito do que se trata – são o coração
da segunda geração da internet. É a opinião coletiva que determina a popularidade de sites,
serviços e programas. É justamente por isso que o termo causa tanto furor no mundo corporativo:
a Web 2.0 é vista pelas empresas como um ótimo canal para estreitar relações como os
internautas e turbinar seus negócios.

A coisa é tão séria que as empresas contratam profissionais especialistas no assunto, seja nas
áreas de marketing, seja na área de informática. E existem até cursos superiores relacionados em
grandes escolas, como a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Web 2.0 é um termo usado para definir a chamada segunda geração da internet, fortemente
marcada pela interatividade, pelos conteúdos gerados por usuários e pela personalização de
serviços. Alguns exemplos de sites típicos dessa geração são os blogs (e as variações fotologs e
videologs), as redes sociais e os sites de compartilhamento de arquivos. Para entender a segunda
geração da internet, é preciso relembrar como foi a primeira. Nos primórdios da exploração
comercial da internet, na segunda metade dos anos 90, o modelo de negócios era bem diferente
do que conhecemos hoje em dia. Jovens “nerds” conhecedores de informática ficaram ricos
oferecendo pela internet toda sorte de serviços com um atrativo irresistível: a praticidade. As
pessoas, acostumadas aos prazos de entrega dos correios, passaram a se comunicar com a troca
de mensagens que chegavam ao destinatário em instantes. Comprar um artigo raro e comparar
preços sem ter de bater perna por aí se tornou possível com as varejistas online.

Assim como na vida “real”, a maior parte dos serviços oferecidos na internet era paga, como
endereços eletrônicos, sites de notícia e jogos. O dinheiro gasto pelos usuários era a base da

renda das empresas virtuais (as chamadas “pontocom”, por conta do sufixo “.com” no endereço
No início dos anos 2000, porém, a bolha pontocom chegou ao seu limite.

Em meados de maio, o índice Nasdaq Composite da bolsa norte-americana de ações, na qual
eram comercializados os papéis de muitas dessas empresas, ultrapassou os 5.000 pontos, mais
que o dobro do registrado no ano anterior, por causa dos investimentos especulativos nas
empresas de internet. Depois desse auge, veio a queda.

O fenômeno conhecido como estouro da bolha pontocom foi uma onda de falências de empresas
virtuais e a conseqüente desvalorização vertiginosa das ações listadas em bolsa. Muita gente
perdeu dinheiro e desacreditou o futuro da internet. Mas a web não estacionou aí.

[...]A quebra da bolha causou uma “ressaca”, um ambiente mais ponderado que possibilitou o
nascimento de uma segunda geração da internet, a tão famosa Web 2.0.

Algumas empresas atravessaram o estouro da bolha pontocom e saíram ilesas. Por quê? Era isso
que Tim O’Reilly, presidente e fundador da editora O’Reilly Media, queria entender, quando
marcou uma sessão de brainstorm com o pessoal da MediaLive International em 2004.

Eles analisaram os modelos de negócios de empresas como o Google e a Amazon.com e
esboçaram uma lista de pontos em comum responsáveis por esse sucesso, e que serviam como
uma espécie de retrato falado das novas regras da internet. A esse conjunto, O’Reilly chamou de
Web 2.0 (que significa segunda geração da internet).

Já o Google fez sucesso por oferecer um serviço capaz de localizar na imensidão dos sites da
internet as informações que o internauta buscava. Seu serviço era uma combinação de um
imenso banco de dados e um robô que vasculhava tudo levando em conta a relevância dos sites
em relação às palavras-chaves pesquisadas. Mais tarde, a empresa enveredou pelos mercados de
publicidade virtual, serviço de e-mail e softwares online.

A O’Reilly Media e a MediaLive International promoveram uma série de conferências sobre a
Web 2.0 depois da reunião. O termo se popularizou e passou a ser usado indiscriminadamente
como sinônimo de inovação, levando O’Reilly a publicar um longo artigo (5 páginas) em seu site
explicando o que eles realmente quiseram dizer com Web 2.0.

A segunda geração da internet é movida a dados. Sem dados, é como um computador sem
processador interno: simplesmente não funciona. Para ser relevante nesse contexto, um serviço
deve contar com uma boa base de dados.

[...]Os serviços de localização de endereços ou de previsão do tempo e a fonte dos mapas para
sites como Google Maps, Maplink e Apontador são as mesmas, mas cada site usa os dados de
uma maneira própria. Eles combinam com seus dados sobre serviços na região, nomes de ruas,
itinerários de ônibus e imprimem sua cara ao serviço. Lucra nessa história a empresa que vende
seus dados (no caso, os mapas), a que os usa (sites de localização) e os que reutilizam (como os
blogs).

Outro tipo de fonte de dados é o conteúdo gerado pelo usuário (CGU). Alguns dos sites movidos
a CGU são os de compartilhamento de conteúdo (YouTube, Flickr, Wikipédia) e informações
(jornais colaborativos como OhMyNews ou de agrupamento de notícias como o Digg), blogs e

redes de relacionamento (MySpace, Facebook, Orkut). Entre exemplos de sites que utilizam
outros tipos de dados são os de comparação de preços (como o Buscapé ).

Um site com a cara da Web 2.0 funciona de modo que facilita a formação de grupos, de uma
rede de internautas em torno dele. Os usuários chamam seus amigos, trocam informações com
eles, estes chamam mais amigos e, com efeito viral (como se fosse um vírus) o acesso ao site
cresce. É isso que quer dizer “efeitos de rede”. É o caso das redes sociais, como Orkut, MySpace
e Facebook, ou de compartilhamento de dados, como Youtube, Google Video, Last Fm. Eles
simplesmente não funcionam sem que os usuários interajam entre si.

Quem é quem na Web 2.0

O internauta é o todo-poderoso da Web 2.0. É ele quem escolhe o que quer acessar, que serviços
quer usar e como quer fazer isso. Ele não precisa mais ficar passivo diante do conteúdo, como
acontecia na Web 1.0. Agora, ele pode dar sua opinião e criar seu próprio conteúdo, seja
trocando informações em fóruns, escrevendo em blog, tendo um perfil em uma rede social, seja
trocando arquivos em sites de compartilhamento, e até dando “notas” a notícias em jornais
virtuais e personalizando serviços de e-mail.

Ele pode também organizar todo esse conteúdo como bem quiser, através da folksonomia, ou
seja, usando marcadores (tags, palavras-chave) livremente para classificar sites, músicas, filmes,
textos etc., fazendo com que esse conteúdo seja encontrado mais facilmente por outros usuários
interessados.

As empresas, alvoroçadas com a Web 2.0, elas se esforçam para adaptar-se à nova geração.
Muitas têm escritórios virtuais no Second Life, perfis e comunidades em sites de relacionamento,
blogs corporativos, fóruns etc., visando a criação de uma identidade digital mais interativa que os
sites estáticos. Isso as ajuda a aproximar-se do público internauta e facilita a vida dos seus
consumidores. A IBM, tem uma rede social corporativa chamada Connections para integrar seus
mais de 350 mil funcionários ao redor do mundo. Ao entrar na empresa, todos têm um perfil
adicionado à rede com nome, foto, área de atuação, telefone e e-mail. Assim como nas redes
sociais comuns, eles podem adicionar informações, como projetos em que estão envolvidos,
idiomas e qualificações.

Os blogs são páginas que facilitam a publicação de conteúdo por qualquer internauta. São,
geralmente, organizados cronologicamente, com as publicações (chamadas de “posts”) mais
recentes no topo da página e permitem que os leitores comentem. Podem ser pessoais (estilo
diário) ou tratar de assuntos específicos.

As redes sociais são sites agregadores de pessoas que funcionam à base de efeitos de rede. O
usuário cria um perfil com informações pessoais suas, tem uma rede de amigos e pode participar
de comunidades de interesse comum. Os participantes podem trocar mensagens e conteúdo entre
si.

Anunciantes são a galinha dos ovos de ouro da Web 2.0. São eles que pagam a conta pelo
conteúdo que as empresas oferecem gratuitamente para os usuários. Por quê? Porque, para eles,
usuários são valiosos consumidores em potencial. Por isso, eles pagam por anúncios em espaços
publicitários (banners) cedidos pelos sites.

Entusiastas x críticos: O time de entusiastas da Web 2.0 é composto por usuários adeptos de
blogs e ferramentas de interação, programadores que defendem o código aberto, empresas de
internet e anunciantes.

Do outro lado do ringue estão os que acreditam que a Web 2.0 não passa de uma jogada de
marketing. Eles alegam que o que O’Reilly chama de Web 2.0 não é nada mais que o desenrolar
natural de tudo aquilo que a internet já permite desde suas primeiras evoluções, como a
interatividade, e que as empresas usam o termo indiscriminadamente na tentativa de parecerem
modernas e inovadoras.

Um dos nomes mais famosos é o de Pierre Lévy, filósofo e grande pensador da era digital, autor
do conceito de inteligência coletiva ainda nos primórdios da internet (que previa a construção de
conhecimento de forma colaborativa e conjunta).

Em uma palestra dada no Brasil em 2007, Lévy afirmou que, atualmente, muito mais pessoas
estão se apropriando da tecnologia da internet e a aproveitando com cada vez menos necessidade
de intermediários e técnicos. Isso, porém, disse ele, não significa uma diferença conceitual
radical em relação à Web 1.0.





Internet, intranet e extranet

Hoje quase todas as instituições contam com um computador conectado à internet,
fruto da concorrência globalizada e da necessidade de informação rápida.

A internet surgiu no período da Guerra Fria, entre 1960 a 1970, quando o governo
norte-americano precisava desenvolver um sistema para que as diversas bases militares
pudessem trocar e manter informações entre si, para agilizar as estratégias e no caso de
ataque nuclear que os dados fossem preservado. Assim surgiu a ARPANET, o
antecessor da Internet.

Em um segundo momento a internet passou a ser utilizada para coligar
universidades com o objetivo de transmissão de dados de forma mais eficaz, rápida e
segura.

No Brasil a internet iniciou-se em 1988, no Laboratório Nacional de Computação
Científica (LNCC), localizado no Rio de Janeiro, com acesso à Bitnet, através de uma
conexão de 9 600 bits por segundo estabelecida com a Universidade de Maryland.

Internet é, portanto, um conglomerado de redes locais espalhadas pelo mundo, o
que torna possível e interligação entre os computadores utilizando protocolos, tornando-
se uma das melhores formas de pesquisa, de transmissão de informações em vários
formatos e de comunicação e relacionamento, de fácil acesso, rapidez e capacidade de
assimilação.

A intranet, termo utilizado a partir de 1995, também possibilita tudo o que a própria
internet oferece, no entanto ela é restrita a um certo público, específico de uma instituição
e geralmente seu acesso a é feito em um servidor local. Por isso é uma rede de
computadores privada, um espaço restrito a usuários autorizados por uma instituição que
a utiliza para compartilhamento de informações restritas e trabalhos em equipe.

Já a extranet é uma extensão da intranet e ou a ligação entre intranet's, funciona
como a intranet mas com acesso via internet, ou seja, de qualquer lugar do mundo a
pessoa autorizada pode acessar determinados dados de uma instituição. O objetivo é
melhorar a comunicação e o trabalho conjunto entre os funcionários e parceiros, assim
como representantes e clientes, além de acumular um sistema de informação e ou base
de conhecimentos que possam ajudar os funcionários a criar novas soluções.

Fonte: http://adilsonprof.blogspot.com/2010/04/internet-intranet-e-extranet.html

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